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5 perguntas para Izabella Bicalho de “Elizeth, A Divina”

Izabella Bicalho sem dúvida é uma das grandes atrizes do teatro musical brasileiro, começou a carreira artística cedo na Tv. Aos quatro anos, fez a Narizinho do “Sítio do Pica Pau Amarelo”, além de viver a Viúva Porcina, na primeira fase de “Roque Santeiro”, participou de outras produções marcantes, como “Anos dourados”, “História de amor”, a minissérie “Memorial de Maria Moura” e  “Os Vagabundos Trapalhões” no cinema.


No teatro ganhou destaque ao interpretar a protagonista do musical “Gota d´agua”, de Chico Buarque, onde venceu os prêmios APTR, Contigo e Qualidade Brasil. Izabella é conhecida nacionalmente por fazer parte do primeiro time de cantores de musicais do país, estrelou espetáculos teatrais de destaque nos cenários carioca e nacional: “Tim Maia – O Musical”, “SamBra – 100 Anos de Samba”, “O Beijo no Asfalto – O Musical”, “Tim Maia – Vale Tudo, o Musical”, dentre outros sucessos.

Agora ela dá vida a “Elizeth, a divina”, espetáculo que relembra momentos da carreira da cantora considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira. Inspirado no livro biográfico da artista, “Elisete Cardoso, uma Vida” , de Sérgio Cabral, o texto de Cora Carvalho é também fruto de uma profunda pesquisa ao acervo da artista, adquirido pelo Instituto Moreira Salles em 2003, de depoimentos de amigos e familiares próximos, como o neto Paulo César, que conviveu intensamente com a cantora – da infância até os 15 anos, quando em seus braços Elizeth deu o último suspiro. Esta semana, Izabella ganhou o prêmio de melhor atriz do Festival Fita por “Elizeth, a Divina”.

(foto: Aline Macedo)


Musical.Rio – Em todo esse processo de interpretação e pesquisa sobre a vida da cantora, o que você aprendeu com Elizeth Cardoso?


Izabella Bicalho – Aprendi muitas lições interpretando-a neste trabalho, uma delas, foi a forma de cantar mais suave, dando muita ênfase a interpretação e com muita suavidade, isso mudou muito o meu jeito de cantar. Outra foi poder vivenciar esse reportório belíssimo, ela cantou e emplacou grandes sucessos e tinha muita sensibilidade na escolha das musicas, sempre eclética , atravessou vários movimentos artísticos e tinha uma capacidade de se reinventar, sempre com muito bom gosto. Conhecendo a biografia de Elizeth, é impossível não ficar contagiada com o ser humano que ela foi, uma pessoa muito solidária, amiga e positiva sempre. Pessoas como ela, que tem um olhar sempre vivo e alegre pra vida, é uma lição muito grande!

Para você, por que Elizeth era “Divina”?


Por conta de uma questão que, claro, passava pelo artístico e por tudo isso que eu falei antes, a capacidade de escolha do repertório, de tratar sempre através do prisma da emoção, o cantar dela era de muita sensibilidade. A capacidade de emocionar pessoas através do canto, com o poder que ela tinha, era uma artista que realmente tinha contato com o divino, eu acredito nisso.

Se você pudesse interpretar outra grande cantora, seja qual for sua nacionalidade, quem seria?


Apesar de não ter o ”fisic” eu gosto muito da Ella Fitzgerald, era uma cantora sensacional e que tem uma história de vida importante, ela atravessou muitos obstáculos, foi guerreira e precursora, com certeza seria ela. Já no Brasil, uma cantora que gostaria de representar seria a Clara Nunes, ela tem um repertório belíssimo e contribuiu de forma maravilhosa para a música brasileira com a opção que ela fez artisticamente.

Você já fez alguns personagens marcantes como a Joana em “Gota D’Água”, a Selminha em “Beijo no Asfalto”, e agora Elizeth em “Elizeth – A Divina”. Sempre musicais bem brasileiros. Você tem vontade de viver algum personagem da Broadway?

Um personagem que adoraria fazer é Norma Desmond de ‘Sunset boulevard’.


Cinema, Novela, Teatro, Dublagem, Canto. Ainda existe algo que queira fazer profissionalmente ou você já se sente realizada?


Eu me sinto muito realizada, sim. Eu tenho grandes personagens na minha trajetória que me dão muito orgulho, pude mostrar quem eu era como artista, mas por outro lado me sinto muito ansiosa ainda pra realizar coisas. Eu tenho muitos ideias e quero poder realizá-las, quero fazer cinema, televisão, tenho mais projetos de teatro na cabeça, filmes e série em mente também, então a resposta é dupla, realizada porém com muitas coisas pra realizar, e irei se Deus quiser!

O Musical “Elizeth, A Divina” está em sua última semana no Teatro das Artes e você precisa assistir!
Teatro das Artes – Shopping da Gávea

Até dia 2 de dezembro
Rua Marques de São Vicente, 52 
Sexta às 17h, Sábado às 21h, e Domingo às 19h30.

Ingressos Aqui 

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