×

Após adiamentos “Copacabana Palace – o musical” retorna sua temporada dia 27 de janeiro.

Quis o destino que a reinauguração de uma das salas de espetáculo mais emblemáticas do Rio de Janeiro, o Teatro Copacabana, fosse brindada com um musical que conta justamente a história do “Copa”, como carinhosamente é chamado o Hotel Copacabana Palace, responsável por povoar toda uma região no início do século 20 e ser palco de encontros e acontecimentos que marcaram para sempre a história da cidade. A idealização do projeto é de Gustavo Wabner, também diretor do espetáculo em parceria com Sergio Módena. O texto é de Ana Velloso e Vera Novello.
Da construção do suntuoso prédio à beira mar, na então quase deserta praia de Copacabana, ao status de mais importante hotel do país, a história do “Copa”, apresentada em “Copacabana Palace – o musical”, convida o público a um passeio por quase um século da nossa cultura e sociedade. Em aproximadamente duas horas de espetáculo, revisitaremos episódios envolvendo estrelas do cinema e da música nacionais e internacionais como Orson Welles, Santos Dumont, Marlene Dietrich, Edit Piaf, Einstein, Carmen Miranda, Frank Sinatra, reis e rainhas, governantes, empresários, mulheres e homens que fizeram história e povoam o imaginário mundial há décadas.

A narrativa parte de um olhar feminino: Suely Franco (no 90º espetáculo de sua carreira) e Vannessa Gerbelli dão vida a Maria Isabel Guinle, ou Mariazinha, mulher do poderoso e visionário Otavio Guinle, empresário responsável pela idealização e construção do Hotel Copacabana Palace, quando ninguém acreditava ser possível desbravar aquele areal desabitado e fora de mão que era a então Copacabana.

Mariazinha viveu no hotel durante 40 anos. Assumiu a administração do Copacabana Palace após a morte do marido em 68. A falta de recursos para a manutenção do hotel e o risco de vê-lo se transformar numa ‘ruína arqueológica’ acabaram sensibilizando aqueles que inicialmente eram contrários à venda, mas que reconheceram a importância do Copacabana Palace como um monumento da cidade e do país.

Foto: Renato Mangolin

A MONTAGEM

A encenação de Gustavo Wabner e Sergio Módena promove o encontro entre a tradição e a modernidade: figurinos glamurosos dos anos dourados, de Karen Brusttolin, recebem detalhes do vestir dos dias de hoje; grandes sucessos musicais do passado são revisitados com arranjos, instrumentos e sonoridades contemporâneos; objetos de época convivem com recursos de alta tecnologia.

“A premissa dessa encenação não é uma reprodução exata, histórica – seja nos figurinos ou na própria cenografia. Estamos trabalhando com tecnologia e elementos mais tradicionais. A própria orquestração, os arranjos, a direção musical, também não primam pela fidelidade absoluta. Os arranjos da época recebem intervenções sonoras e o uso de alguns instrumentos que trazem uma pegada contemporânea, quase um comentário.” explica o diretor Sergio Módena.

A narrativa nasce da memória de Mariazinha Guinle e, portanto, desfruta de liberdade criativa. Partindo de um olhar contemporâneo, os diretores investem na releitura da estética e do modo de viver de quase um século.
O cenário de Natalia Lana tem dois níveis, interligados por uma grande escada central. A ação se dá nos dois espaços, e os músicos estarão dispostos no primeiro nível, ao fundo das escadas. Um grande telão LED de alta resolução abrigará imagens icônicas da história do hotel, de momentos importantes do Rio de Janeiro e criará também ambientes internos (hotel) e externos (praia e outras locações da cidade).
A música é importante personagem da narrativa: números musicais pontuarão o enredo estabelecendo épocas e atmosferas, ou ainda recriando os espetáculos do suntuoso Golden Room ou do Teatro Copacabana, com números musicais que evocam Carmen Miranda, Marlene Dietrich, Sarah Vaughan, Elza Soares, Cauby Peixoto, Marlene, entre outros nomes emblemáticos.

FICHA TÉCNICA
Idealização: Gustavo Wabner e Sergio Módena
Texto: Ana Velloso e Vera Novello
Direção: Gustavo Wabner e Sergio Módena
Elenco Protagonista: Suely Franco, Vannessa Gerbelli e Claudio Lins
Elenco Coadjuvante: Saulo Rodrigues, Ariane Souza, Erika Riba, Julia Gorman, Ana Velloso, Luiz Nicolau, Daniel Carneiro, Chris Penna, Guilherme Logullo, Natacha Travassos e Patricia Athayde

Músicos:
Heberth Souza – teclado e regência
Evelyne Garcia – teclado, acordeom e regência
André Dantas e Diogo Sili – Guitarra e violão
Marcio Romano – bateria e percussão
Tassio Ramos e Pedro Aune – contrabaixo acústico e baixo elétrico
Direção Musical: Heberth Souza
Arranjos: Heberth Souza e Evelyne Garcia
Coreografia e Direção de Movimento: Roberta Fernandes
Cenografia: Natália Lana
Figurinos: Karen Brusttolin
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Direção de Imagens: Irmãos Vilarouca
Projeto de Som: Branco Ferreira
Visagismo: Guilherme Camilo
Assistência de Direção: Hugo Kerth
Assistência de Direção Musical: Evelyne Garcia
Fotografia: Renato Mangolin
Gestão do Projeto: Renata Leite – Rinoceronte Entretenimento
Assistente Financeiro: Patricia Basilio – Rinoceronte Entretenimento
Direção de Produção: Alice Cavalcante, Ana Velloso e Vera Novello
Realização: Sábios Projetos e Lúdico Produções

Share this content:

Publicar comentário

You May Have Missed